9º dia – sexta-feira, 17 de maio de 2019
Andamos pela cidade pela manhã, tiramos fotos e curtimos o
astral do local. Faz muito frio pela manhã, porém à medida que o dia avança a
temperatura vai subindo, mas acredito que a máxima não ultrapasse os 12 graus
nesta época do ano. Em momento algum é possível ficar sem algum agasalho.
À tarde, Tiago e Eduardo foram de moto ao Valle de la Luna;
como já estive no local por diversas vezes, fiquei no hotel atualizando este
blog, baixando fotografias e selecionando as fotos a publicar. Levei mais de 3
horas neste trabalho, dentro de uma cozinha gelada, pois é o único local onde
havia mesas e cadeiras no hotel!
Mote com huesillos: bebida típica chilena, não poderíamos deixar de tomar!
Fotos de locais marcantes não podem faltar!
Quando eles retornaram, caminhamos pelas ruas e tive que
comprar um tênis novo a peso de ouro, pois o que eu comprara no Paraguai soltou
a sola com poucos dias de uso! Pelo visto o Paraguai não mudou, eu estava
enganado! E olhem que o comprei em uma loja renomada! A loja pode ser boa, mas
o produto... deixa prá lá! Faz parte da aventura!
Jantamos uma pizza em um dos inúmeros restaurantes da
cidade. Tinha até música ao vivo, um conjunto só de mulheres que interpretava
músicas latinas.
Em seguida, eu e Eduardo fomos para uma observação
astronômica com telescópio. Tivemos uma
excelente aula de astronomia e observamos estrelas, planetas e a lua, que
estava cheia. Era no alto de um morro, em local aberto e descoberto, das 22:00
h às 24:00 h, um frio de rachar, calculo a temperatura em torno de 2 a 4 graus
e nós ao relento! Serviram um pequeno lanche com chá, café e chocolate, vinho e
pisco e também alguns snacks, uma coisa bem legal, mas o frio estava intenso e
castigava. As explicações foram ótimas, o astrônomo era muito bom. Como o grupo
era pequeno, apenas 6 pessoas, rendeu bem e deu para aprender um pouco mais sobre os astros!
10º dia – sábado, 18 de maio de 2019
Este dia foi intenso e cansativo, mas como valeu!
Saímos às 7 h da manhã, com muito frio, para um passeio que
envolveu as lagunas altiplânicas Miñiques e Miscantis, a laguna e o salar de
Tara e a laguna Chaxa, entre outras coisas. A distância total percorrida nesta
excursão foi de 300 km, grande parte em altitudes superiores a 4.000 m. Vimos
vicunhas, zorros e flamingos e apreciamos paisagens incríveis, impossíveis de
serem descritas ou registradas em uma simples fotografia. É necessário estar
envolvido pelas montanhas, vulcões e lagoas para entender o que eu tento dizer.
Cruzando o trópico de Capricórnio, região dos maiores desertos do mundoCafé da manhã em Socaire
A van que nos conduziu apresentou problemas de
superaquecimento (apesar do frio!!!) e teve dificuldades em alguns trechos. Em
uma grande subida em rípio, parou de vez; todos tivemos que saltar e caminhar para
vencer um morro de 400m de altura. Alguns passaram mal, e eu, com a articulação
do quadril detonada, tive dificuldades, mas consegui vencer a caminhada de 1 km morro
acima. Um dos passageiros conseguiu remediar a situação e conduziu a
van até o ponto mais alto do morro, onde recolheu todos os passageiros e
continuamos o passeio!
Início dos problemas mecânicos da van, que parou diversas vezesVicunhas - só existem acima dos 4.000 metros de altitude
Salar e Laguna de Tara
O ponto onde a van parou de vez: todos tiveram que desembarcar e seguir a pé
Subindo o morro a pé pela estrada, a 4.300 msnmA pequena caminhada foi compensada com paisagens como esta!
Tiago, GE e Eduardo nas lagunas altiplânicas
Fomos brindados com um maravilhoso pôr-do-sol na laguna
Chaxa, um festival de cores que iam se alterando à medida que o sol descia no
horizonte. Em seguida, uma lua cheia surgiu no céu atrás do vulcão Láskar e
iluminou a estrada e a noite em San Pedro.
A seguir, algumas fotos do maravilhoso pôr-do-sol na laguna Chaxa
Chegamos de volta à cidade às 20 h, após 13 horas de um dia
intenso e maravilhoso.
Agradeci por poder desfrutar de tantas maravilhas, e pedi saúde
e disposição para continuar desbravando tantas coisas que nos foram legadas.
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