quarta-feira, 22 de julho de 2015

Viagem a Diamantina - 4º dia - Serra do Cipó a Diamantina

Apesar de haver acordado antes das 6:00 h, tive que aguardar até as 8:30 h para tomar o café da manhã. Logo após o café, peguei a moto e fui ao complexo onde fica a Cachoeira do Véu de Noiva. No local há camping, chalés, piscina natural e alguns quiosques que vendem sorvetes e outras coisas. Após uma trilha bem pedregosa em aclive, chega-se à cachoeira. Eu não poderia ir embora sem tê-la conhecido, embora não houvesse tempo para tomar um banho no grande poço formado em sua base, valeu a visita. E, além de tudo, às 9:00 h da manhã a água devia estar bem fria!
Retornei à pousada, arrumei minhas coisas na moto e despedi-me do Flávio, o proprietário, que foi uma pessoa muito bacana e simpática, o que rendeu muitas conversas boas.  Se algum dia eu voltar à Serra do Cipó, com certeza me hospedarei novamente na pousada Pepalantus: aconchegante, charmosa, um bom café da manhã, preço justo e a simpatia e presteza do Flávio. Senti-me à vontade.

                                                        Trilha para Véu de Noiva 

                                                  Véu de Noiva

A travessia da Serra do Cipó, que é uma ramificação da Serra do Espinhaço, é fantástica: uma estrada belíssima, muitas curvas e um visual deslumbrante. Eu a classifico como uma das 10 estradas mais bonitas e cênicas do Brasil. Indescritível, vale a pena percorrer os 67 km entre o distrito de Serra do Cipó e Conceição do Mato Dentro curtindo cada quilômetro da rodovia. Este foi o trecho mais bonito da viagem, apenas igualado pela subida da serra de Petrópolis, mas este não conta, pois estou acostumado a percorrê-lo com freqüência.
                                           Início da subida da serra 


                                             Serra do Espinhaço

                                             Conceição do Mato Dentro

Entre as cidades de Conceição do Mato Dentro e Serro são 70 km, sendo que 50 km em estrada de terra, que está em obras, parece que vão asfaltá-la. Estes 50 km sem asfalto  foram terríveis: estrada inteira em obras, material solto sobre a pista, diversos trechos em regime de pare-siga, máquinas trabalhando, caminhões transportando terra e, o que foi a pior coisa, carros-pipa encharcam toda a extensão da estrada, transformando a argila em uma superfície lisa como vidro ensaboado! Qualquer movimento brusco no guidão significaria um tombo, a tensão de andar em uma estrada nestas condições é enorme. Graças a Deus consegui transpor a distância entre Conceição do Mato Dentro e Serro ileso, quase um milagre. Em um trecho que parei para tomar água, eu mal consegui andar a pé sobre a pista, de tão escorregadia, não sei como a moto se equilibrava em pé, acho que era o efeito giroscópio. Quando eu diminuía a velocidade para parar nos sinalizadores ou desvios, a moto começava a escorregar de lado. Levei uma hora e meia para percorrer os 50 km de terra.
Depois de Serro a estrada até Diamantina é asfaltada, são 80 km onde deu para andar bem.
Cheguei a Diamantina às 15:30 h, bastante cansado pelo trecho em terra, que exigiu muita atenção e concentração. Foram cerca de 200 km no total, que alternaram trechos maravilhosos com trechos horrorosos! Foi o dia mais cansativo, apesar da pequena quilometragem.
                                 Estrada encharcada por caminhões-pipa: piso liso como quiabo!


                                  Trecho Serro - Diamantina

Deixei a bagagem e a moto no hotel e fui para o centro, que fica a 2 km do hotel onde hospedei-me. O conjunto arquitetônico é interessante, mas  há ladeiras e mais ladeiras. Toda a cidade foi construída nos morros, e as ladeiras são muito íngremes. Para complicar mais um pouquinho, o calçamento é todo com pedras irregulares. Andei pelo centro histórico, uma visita de reconhecimento, amanhã explorarei com profundidade, mas gostei muito do que vi.

                                                           Igreja de Bom Jesus

                                      Casa de Juscelino

                                  Casa de Juscelino na época em que ele morou lá - Compare!


                                       



                                                              Ladeiras...



                                     Prefeitura

     Centro Histórico de Diamantina 

Beco do Mota 

                           Igreja N. Sra. das Mercês 


Antiga estação ferroviária - hoje, corpo de bombeiros

Às 17:30 h já estava bem frio, eu estava de bermuda e camiseta, e levaria 40 min caminhando até o hotel. Não hesitei, peguei um moto-táxi, que me levou de volta em apenas 5 minutos!

E assim se foi mais um maravilhoso dia de viagem! Como é bom viajar de moto e descobrir novos lugares! É uma viagem livre e aventureira, que só quem faz sabe o prazer que dá!

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