segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Nossas estradas

Sempre em meus relatos, tenho feitos críticas às rodovias brasileiras. Apesar de algumas rodovias concessionadas (falo das pertencentes à CCR) apresentarem um padrão razoável se comparadas ao que tenho visto nos países desenvolvidos, as demais são comparáveis e muitas vezes piores do que as estradas de países substancialmente mais atrasados e pobres que o Brasil. Somos comparáveis à África; apesar de não conhecer aquele continente, amigos e leituras sobre o assunto me dão esta convicção.

                                                    Falcon em Rio Claro


Duas coisas têm me incomodado bastante em nossas estradas: o número absurdo de caminhões e a quantidade de crescente de congestionamentos que ocorrem devido a obras e, principamente, acidentes.
Ontem, domingo, retornava de Rio Claro ao Rio de moto (Falcon), quando, cerca de 1 km antes de chegar à descida da serra das Araras, o trânsito parou completamente. Fui passando pelo corredor entre os carros e caminhões até chegar à causa da retenção: uma carreta transportando madeira laminada houvera tombado e espalhado sua carga, e uma retroescavadeira e um guincho ocupavam totalmente a pista, onde nem as motos podiam passar.                                                      Acidente na via Dutra, antes da descida da serra
Fiquei observando a operação da concessionária (Nova Dutra-CCR) para desvirar a carreta e retirar as placas de madeira da pista, o que levou meia hora. Consegui passar sob a lança do guindaste quando a pista ainda se encontrava interditada e segui viagem, tendo a Dutra somente para mim até o Rio de Janeiro, devido ao enorme represamento de veículos no local do acidente. Não havia nenhum carro à minha frente na serra e durante mais de 40 km. Somente na região da baixada fluminense, a partir de Nova Iguaçu, começaram a brotar carros dos diversos acessos. Fora o tempo parado no local do acidente, o restante da viagem foi como todos sonham: uma estrada vazia, e, consequentemente, muito mais segura e agradável.
Isto serve para ilustrar o drama por que passam os usuários de estradas em nosso país: além de ter que enfrentar a fúria, irresponsabilidade e selvageria dos caminhões, temos que conviver com engarrafamentos que consomem horas parado sob sol ou chuva, sem banheiro ou qualquer recurso. E geralmente os acidentes são causados pelos próprios caminhões.
Outro problelma é a grande quantidade de acessos às faixas centrais ou expressas das rodovias, o que as sobrecarrega sobremaneira e as torna mais perigosas. Só para exemplificar, na região das cidades da baixada fluminense, os moradores utilizam a via Dutra como uma avenida local, ingressando com veículos em baixa velocidade em uma via expressa, circulando com veículos em mau estado de conservação e dirigindo como se estivessem em seu bairro, isso sem contar os acessos irregulares, circulação de pedestres e ciclistas, animais na pista, presença de ambulantes e outras mazelas de terceiro mundo. Deveriam ser criadas pistas marginais para o tráfego local, com pouquíssimas ligações à via principal, para evitar acidentes e lentidão no trânsito. E olhe que estamos falando da rodovia Presidente Dutra, principal estrada do país e ligação entre as 2 cidades mais importantes, sem contar as ricas regiões que atravessa, como o vale do Paraíba. Fica o desafio para as autoridades (in)competentes resolverem!
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Tenho viajado constantemente com a Falcon para assegurar-me de que está realmente em condições de enfrentar o desafio de cruzar o Noroeste da Argentina e os altiplanos bolivianos. Vamos ver!

2 comentários:

  1. Olha ai a Sra Falcon, esta muito bonita, tenho certeza que não vai te deixar na mão.
    Pois é, lendo o teu relato vou acrescentar mais duas horas no planejamento da minha viagem do Rio para Ponta Grossa no próximo dia 11. Ainda mais se considerar que vou de carro com a familia.
    Porém estarei seguindo a tua dica de pegar o rodoanel.

    Um Grande abraço

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  2. Anderson
    Pode ter certeza de que você vai encontrar algum congestionamento. Na Serra do Cafezal, é certo...
    Quanto à Falcon, ela não corre, mas chega! Nas altitudes acima de 3.000 msnm, ela sente muito, não passa dos 30 km/h nas subidas.

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