Viagem ao Centro-Oeste do Brasil, realizada entre 3 e 12 de maio de 2022 (10 dias). O objetivo era visitar basicamente 3 cidades (Goiás, Pirenópolis e Caldas Novas), mas, na realidade, queríamos rodar de moto.
Assim, eu, Marcinho e Ferrari partimos de Rio Claro em uma terça-feira e percorremos neste primeiro dia 580 km, parando para pernoitar em Araraquara, interior de São Paulo.
Hotel em Araraquara
No dia seguinte, seguimos viagem passando por Barretos e Colômbia, adentrando o estado de MG por Planura, a partir de onde a estrada estava completamente deteriorada, com crateras e mais crateras; para piorar, começou a chover, mas continuamos na buraqueira driblando caminhões, carros e buracos. A trepidação afrouxou a buzina da moto do Ferrari, que entrou em curto, obrigando-nos a parar na chuva para o reparo necessário. A estrada só melhorou a partir de Frutal, quando entramos na BR-153, conhecida como Transbrasiliana. Quando paramos para abastecer em Frutal, o Ferrari recebeu um telefonema dizendo que sua irmã havia sido internada de emergência em um CTI, devido a uma parada cardíaca. Ele abortou a viagem e retornou para o Rio, enquanto eu e Marcinho seguimos nosso roteiro, uma vez que nada poderíamos fazer para ajudar. Continuamos até chegar a Hidrolândia, 30 km antes de Goiânia. Não queríamos cruzar a cidade de Goiânia cansados e à noite. Conseguimos um hotel simpático à beira da rodovia e dormimos por lá.
Pôr do sol em Hidrolândia
No terceiro dia chegamos a Goiás Velho, que é como é conhecida a cidade de Goiás. A grande dificuldade deste dia de viagem foi atravessar a cidade de Goiânia, com um trânsito denso e pesadíssimo, dezenas de sinais sem sincronismo e bastante calor. Levamos uma hora para cruzar a cidade, e chegamos à cidade de Goiás antes do almoço. Deixamos as motos e as nossas coisas na pousada e saímos a pé pela cidade, um local agradável e encantador. Almoçamos e continuamos nosso tour pela cidade, passando por todas as igrejas e visitando o museu do Palácio do Conde dos Arcos. Tomamos sorvetes e caminhamos bastante, aproveitando o dia ao máximo. Mirante na estrada
O dia seguinte (4o dia) passamos todo na cidade de Goiás, conhecendo mais a cidade e visitando todos os museus que lá existem, inclusive a famosa e icônica casa de Cora Coralina. Foi um dia intenso e proveitoso.
Escadaria de acesso e igreja de Santa Bárbara
Dormimos mais uma noite em Goiás e partimos para Pirenópolis, outra cidade histórica de Goiás, distante menos de 200 km de onde estávamos. Chegamos cedo e ganhamos a cidade a pé, subindo e descendo ladeiras e apreciando o belo casario preservado e as igrejas locais. Visitamos museus, almoçamos, tomamos sorvetes e andamos muito pelos recantos da cidade. Jantamos um delicioso pirarucu grelhado como fechamento do dia.
Igreja do Bonfim - Pirenópolis
Passamos o dia seguinte em Pirenópolis; primeiramente, visitamos o museu "Rodas do tempo", dedicado aos veículos de duas rodas, um considerável acervo de mais de 200 bicicletas e motocicletas, organizado em 5 galpões, com explicações sobre os modelos expostos; aproveitamos que tínhamos tempo e fomos visitar a cachoeira da Usina Velha a pé, uma caminhada de 9 km (ida e volta), que valeu a pena. Neste dia jantamos novamente um pirarucu grelhado no mesmo restaurante. Havíamos apreciado tanto o prato que repetimos a dose!
Hora de seguir em frente! Era uma segunda-feira e a pousada não serviu o café da manhã, embora houvesse cobrado por ele nas diárias. Tomamos café em uma padaria próxima, voltamos à pousada, pegamos as motos e fomos novamente para a estrada, com destino a Caldas Novas, distante 285 km.
Boas estradas, ótima viagem e chegamos em Caldas Novas, onde ficamos em um ótimo hotel com 7 piscinas, sendo 6 delas de águas quentes. Passamos o restante deste dia e o dia seguinte inteiro imersos em piscinas de água quente e comendo a deliciosa comida do hotel, com raras saídas à cidade!
Monumento às águas, em Caldas Novas
Igreja Matriz de Caldas Novas (N. Sra. das Dores)
Devidamente relaxados, era hora de iniciar a viagem de volta; partimos pela manhã e rodamos 630 km neste dia, até a cidade de Limeira (SP), onde pernoitamos. Foram somente estradas excelentes, o que faz a viagem render e não cansa demais.
Pequena coleção de clássicas, algumas raras, em um posto/restaurante na estrada
Hotel em Limeira
No dia seguinte, mais estradas boas e 530 km rodados; cheguei em Rio Claro às 14 h e o Marcinho chegou ao Rio às 15 h. Vale ressaltar que o retorno foi feito em velocidades entre 120 e 130 km/h com toda segurança, pois as estradas eram boas e sinalizadas.
Última parada: almoço no Ovomaltine, na DutraChegando em casa
Quilometragem percorrida: 2.932 km!
Foi uma viagem leve e agradável; de minha parte tive a oportunidade de revisitar locais onde estive há 20 anos, com minha filha Clara na garupa, ela na época com 17 anos.
Infelizmente o Ferrari não pôde completar a viagem conosco, eu não saberia dizer como seria com ele, uma vez que fizemos muitas caminhadas pelas cidades visitadas e talvez ele não conseguisse acompanhar o nosso ritmo. Creio que sua ausência preencheu uma lacuna.
As motos
Seria injusto não falar de nossas fiéis companheiras de viagem, que, em momento algum, falharam ou deixaram a desejar conosco. Elas foram impecáveis, enfrentando as estradas, a (pouca) chuva, os buracos, o calor, a velocidade e o funcionamento horas a fio sem reclamar!
GE - Triumph Tiger Explorer 1200 mod. 2014
Marcinho - Kawasaki Vulcan 650 ano 2017
Ferrari - Kawasaki Vulcan 650
Nenhum comentário:
Postar um comentário