segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

Curitiba

Quase 3 meses sem andar de moto! Depois de uma cirurgia e alguns problemas de saúde no final de 2017, está na hora de voltar a sentar sobre duas rodas e acelerar! Estou com saudades das estradas, mas preciso ter certeza de que estou realmente pronto para longos percursos, e, para isso, nada melhor do que uma pequena viagem de cerca de 2.000 km (ida e volta) para testar minha condição física e a moto, que também esteve parada aguardando por mim.
O destino escolhido é Curitiba, distante 840 km do Rio de Janeiro. Aproveitei a ida de alguns amigos para encontrar-me com eles por lá e curtirmos um pouco do que a cidade oferece em termos de parques, museus, atrações diversas e gastronomia. Optei por fazer a viagem sozinho, para descobrir meu novo ritmo e ver se alguma coisa mudou.
Parti de Rio Claro às 7:00 h, mas fui em direção ao mecânico para ajustar a caixa de direção da moto, que houvera afrouxado e apresentava folga, após 70.000 km rodados. Feito o aperto, às 7:30 h peguei a RJ-155 com destino a Barra Mansa. Temperatura amena e neblina até a Dutra; na parada para abastecer e tomar o café da manhã em Itatiaia, notei que houvera esquecido o telefone celular no sítio, em Rio Claro. Como é o meu jeito, não voltei, e o ônus foi ficar totalmente sem comunicação. Ninguém saberia de mim nem eu de alguém! Tentei  4 orelhões em pontos que encontrei pelo caminho, mas nenhum deles funcionava corretamente! Já na Régis Bittencourt, após descer a Serra do Cafezal finalmente duplicada, consegui um telefone público que funcionava, mas não havia cartão à venda! O próprio inferno brasileiro! Tentei fazer algumas ligações a cobrar, mas o problema é que eu não sei o telefone de quase ninguém, todos estão no meu celular! Impressionante como ficamos dependentes de um pequeno aparelho em alguns anos!
Bem, voltando à viagem, almocei quase em São Paulo (Itaquaquecetuba), entrei no Rodoanel e cheguei à Régis Bittencourt, que estava bastante cheia de veículos. Após descer a serra do Cafezal, a temperatura ficou insuportável, parecia que eu ia sufocar dentro da roupa, mesmo rodando em velocidade! Suavemente, a Triumph foi devorando os quilômetros, e quando me dei conta já estava em Registro. 
                                            Parada na Régis Bittencourt (BR-116)

                                                   Hotel em Registro

Ainda eram 16 h, eu poderia tocar até Curitiba, mas a falta de reserva no hotel e o calor sufocante na estrada me fizeram entrar em Registro e procurar um hotel  com ar condicionado para pernoitar. Hospedei-me no mesmo hotel onde já fiquei em viagens anteriores, bom e bem localizado.
Após um aliviante banho frio, saí pelas ruas e comprei um celular simples e um chip, ao menos assim eu posso me comunicar em caso de necessidade, embora os amigos e familiares ainda não saibam o meu número!
                                    Registro - parque Beira Rio

                                             Com o novo celular: volta ao passado            


Por volta das 20 h saí para jantar. Quando estava pagando a conta começaram os raios e trovões. Apressei-me para voltar ao hotel,  caminhei apressado com os primeiros pingos de chuva. Aliás, a chuva foi extremamente camarada: esperou eu chegar ao hall do hotel para desabar impiedosa, com trovoadas ensurdecedoras! Assim, ao abrigo, termino este primeiro dia de viagem, com um saldo positivo de satisfação por estar de volta às estradas e às motos, o que são duas coisas que me dão imenso prazer!
                                  Rio Ribeira do Iguape, com a Régis cruzando-o sobre a ponte, ao fundo

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