Na quarta-feira, 26 de julho, saí do Rio com a XT 660R,
passei em Nova Iguaçu para fazer mais uma sessão de fisioterapia e em seguida
fui direto para Rio Claro. Chegando ao meu refúgio, troquei de moto (XT 660R
pela Triumph Explorer 1200), amarrei a bagagem e parti em direção à BR-040. Já
eram 16:30 h quando saí de Rio Claro com a Triumph, e minha intenção era chegar
até Juiz de Fora, porém evitando viajar
à noite.
Anoiteceu quando parei para abastecer em Barra do Piraí.
Segui à noite pela BR-393, os faróis da Triumph iluminavam bem e a estrada estava pintada e sinalizada,
não foi tão difícil percorrer o trecho à noite, a menos do frio, algo em torno
dos 14 ºC, controlável e suportável!
Rodei até Paraíba do Sul, onde entrei e consegui uma pousada
simples, barata e agradável para passar a noite. A cidade é simpática, fui a pé
até a praça principal e jantei um sanduíche de filé.
Pousada em Paraíba do Sul
Na quinta feira (27 de julho) saí de Paraíba do Sul pela
manhã com 12 ºC de temperatura e cheguei
ao ponto de encontro em Juiz de Fora às 8:30 h. Às 10 h chegaram meus
companheiros de viagem vindos do Rio: Sylvio, Marcos “Talhadeira” e Marcinho,
respectivamente deSuzuki Boulevard 800,
Harley Dyna 1600 e Kawasaki Vulcan 650S.
Tocamos em frente pela BR-040, parando apenas para abastecer
e almoçar. Contornamos Belo Horizonte pelo anel rodoviário e continuamos na
BR-040 em direção a Brasília. Paramos em Paraopeba para pernoitar, ainda com
luz do dia. Andamos pelas ruas da cidade, o Marcinho comprou uma calça de
cordura; sentamos em um restaurante, onde jantamos e tomamos vinho até que o
cansaço nos levou ao hotel para o merecido descanso.
Chegada ao hotel em Paraopeba - MG
Paraopeba, após um dia na estrada
Jantar em Paraopeba
No dia seguinte, sexta feira 28 de julho, partimos de
Paraopeba às 7:30 h e às 9:30 h chegamos em Três Marias, no ponto onde marcamos
encontro com o Hélcio (BMW 800GS), que estava nos esperando na ponte sobre o
rio São Francisco, local combinado. Tiramos algumas fotos e seguimos em ritmo forte,
para chegar ainda neste dia a Brasília.
Saída do hotel em ParaopebaPonte sobre o rio São Francisco, em Três Marias
Pela estrada...
Almoço na estrada
Na estrada
Em Valparaíso (última cidade antes de entrar no DF), a
estrada transforma-se em um caos total, com gente, muitos carros,
motoboys, maus motoristas e ônibus,
todos disputando o mesmo espaço, estava perigoso andar por ali. Eu e Marcinho ficamos para trás e nos perdemos
dos outros três. Em Brasília paramos
para tentar fazer contato, mas não conseguimos nos encontrar, então marcamos na
torre de TV, que é um ponto central e conhecido de Brasília. Conseguimos nos
reencontrar ao anoitecer, e fomos todos para o hotel que houvéramos reservado,
por sinal muito bom! Ponto para o Talhadeira!
A Patrícia, esposa do Talhadeira, foi de avião e chegou ao
hotel junto conosco. O Galvão e seu cunhado Júnior também foram de avião, mas
ficaram hospedados na casa de um primo, em Sobradinho. Eu e Hélcio fomos jantar
em um shopping próximo, e todos os demais foram ao evento (encontro de motos),
na Granja do Torto.
Torre de TV - chegada a Brasília
No sábado, 29 de julho, acordei cedo, tomei café e saí a pé
pelas ruas da capital federal com temperatura de 14 ºC, enquanto todos dormiam.
Fui à torre de TV, à Catedral e à praça dos Três Poderes. Apreciei os prédios e
a arquitetura, aproveitando a cidade adormecida e vazia. Andei muito, mais de 7 km durante 2 horas e meia.
Fiz contato com o Ricardo Alegretti, companheiro de viagem
ao Atacama em 2016, que estava em Brasília também com um grupo de amigos que
vieram para o encontro de motos. Peguei a moto e encontrei-os em um bar
temático dentro da revenda Harley Davidson, e de lá fomos a uma churrascaria,
onde comemos, bebemos e conversamos; entre outros assuntos, falamos sobre a viagem que
estamos planejando para setembro 2017, a Assunção, Paraguai. Aguardem!
Ao final da tarde, o programa foi ir ao evento de motos
(Moto Capital), considerado pelos organizadores como “o maior da América
Latina”. Muita gente, muitas motos e lojinhas vendendo as coisas de sempre para
motociclistas. O Hélcio comprou e instalou 2 pneus novos em sua moto. Saímos do
evento à noite, voltamos ao hotel e jantamos eu, Hélcio e Marcinho no shopping.
Os demais saíram com o Galvão, o primo e o cunhado para jantar em outro local.
No domingo, 30 de julho, não havia mais o que ver e fazer em
Brasília, que se transforma nos fins de semana em uma cidade fantasma: ruas vazias, sem
carros e sem gente, todo o comércio fechado e a impressão de que todos
abandonaram a cidade! Diversos grupos de
moto eram vistos deixando o Distrito Federal em direção às suas cidades e estados de
origem, um verdadeiro êxodo após o término do evento!
Galvão, Wagner (seu primo) e Júnior (cunhado) compraram
carne e bebidas e fizeram um churrasco na casa do Wagner, em Sobradinho, para
todo o nosso grupo. Passamos toda a tarde lá, conversando, comendo e bebendo. O
Wagner morou no México algum tempo e trouxe algumas aguardentes, que todos
provaram, algumas extremamente fortes e com altíssimo teor alcoólico, difíceis
de descer! À noite retornamos para o hotel, e, novamente, eu, Hélcio e Marcinho
fomos jantar no shopping.
Segunda-feira, 31 de julho, hora de voltar! A viagem, os
passeios, a companhia, o encontro de motos, tudo valeu e foi bom, mas tínhamos
1.200 km a percorrer de volta até nossas casas!
Partimos no intenso trânsito de Brasília, pegamos a BR-040 e
andamos em ritmo forte o dia todo. A temperatura estava baixa, o que deixa a
viagem mais agradável e menos sofrida. Viajamos agasalhados o dia inteiro. Os
pedágios aumentaram de valor ontem! Em Felixlândia o Hélcio deixou o grupo,seguindo
para Curvelo. Rodamos neste dia 670 km, até Sete Lagoas, onde entramos e nos
hospedamos em um hotel à beira de uma das lagoas. Não sei se são realmente sete
lagoas na cidade, só vimos uma! Jantamos uma pizza e fomos dormir para estarmos
descansados para mais um dia de viagem. Recebemos mensagem do Hélcio dizendo
que chegou bem em Curvelo.
Almoço na estrada, na volta
Neste ponto o Hélcio seguiu para Curvelo, deixando o grupo
Sete Lagoas
Terça-feira, 1º de agosto. Após abastecer em Sete Lagoas,
voltamos à BR-040. Após 60 km de estrada com inúmeros pardais de 70 km/h, contornamos Belo Horizonte pelo anel
rodoviário e seguimos em direção ao Rio, parando para almoçar já em Juiz de
Fora. A BR-040 entre Belo Horizonte Cristiano Otoni é péssima, é uma
vergonha cobrar pedágio naquele trecho, que possui pista simples, pontes
estreitas e não tem acostamento. Após o
almoço, o Marcinho seguiu na frente, deixando o grupo. Eu, Sylvio e Marcos
continuamos na BR-040, agora no trecho concedido à CONCER, onde a estrada
melhora consideravelmente, é outra coisa! Andamos em boa velocidade; em Três
Rios foi minha vez de deixar o grupo: entrei na BR-393, que percorri até Barra
do Piraí, onde parei para abastecer e tomar café. De lá, peguei a RJ-145 e cheguei em Rio Claro às 17:00 h.
Sylvio e Marcos chegaram bem. A viagem foi toda muito boa,
nada de errado aconteceu e as motos não apresentaram qualquer tipo de problema,
apesar de terem sido bastante exigidas. Meu odômetro marcava 2.540 km rodados
nesta viagem quando estacionei no sítio, em Rio Claro.
Já estamos planejando a próxima!
Algumas raridades expostas no encontro que me chamaram a atenção:
Honda CB 750F Automática
Honda CL 360 Scrambler
Honda Silver Wing, motor da CX 500, transmissão por cardã.
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