Bandit, já em Rio Claro
Hoje estou feliz! Aliás quase
sempre estou, mas hoje foi especial!
A Bandit, companheira de inúmeras viagens pelo Brasil e pela
América do Sul, encontrava-se parada há quase 4 anos, desde antes do acidente
de dezembro de 2013, quando quebrei os ossos da perna. Empoeirada, suja e abandonada, jazia
no fundo da garagem. A gasolina passou para o cárter e a bateria não dava mais
qualquer sinal de vida.
A recuperação levou algum tempo: primeiro providenciei uma
nova bateria e a instalei. Troquei o óleo contaminado com gasolina, lavei a
moto, retirei a gasolina velha do tanque, coloquei gasolina nova, lubrifiquei a corrente, enchi os pneus e, para
minha surpresa, ela ligou sem grande dificuldade, porém soltava muita fumaça
pela descarga e só funcionava com 3 cilindros. Diariamente durante algumas
semanas eu a ligava, e a fumaça foi diminuindo.
Achei que era hora de trazê-la para Rio Claro, a fim de que
tivesse seus carburadores desmontados, limpos e equalizados. Viajaria com 3
cilindros funcionando, afinal, ela tem tanta potência que quase não sentiria a
falta de 1 cilindro!
Saí de casa às 7:00 h, passei no posto e abasteci,
aproveitando para calibrar os pneus. Peguei a linha Vermelha, passando por 3
blitzes da polícia e do exército, mas não fui parado em nenhuma delas. Após 25
km cheguei à Dutra, onde andei bem, apesar de contar com apenas 3 cilindros!
Havia percorrido 40 km quando o 4º cilindro “acordou”, e ela mostrou toda sua
potência e torque!
Parei para fazer uma sessão de fisioterapia e continuei a
viagem, com 4 cilindros e um ronco grave e instigante, como pude me esquecer?
Andei bem, fiz ultrapassagens e subi a serra das Araras fazendo curvas com uma
inclinação que há tempos não ousava!
A moto estava deliciosa, redonda, ninguém diria que não
funcionava nem andava desde 2013, há quase 4 anos! Depois da Dutra, veio a
RJ-145, com suas curvas consecutivas! Fui seguindo, fiquei com pena de
chegar a Rio Claro e a viagem acabar! Foi uma delícia domar a Bandit depois de
tantos anos andando em big trails: vento no rosto, ciclística apurada, pneus
esportivos e um motor que, além de muito potente, emite música para os ouvidos
e é de uma suavidade impressionante!
Foram exatos 138 km de puro prazer! Uma viagem quase
nostálgica, com uma moto carburada e refrigerada a ar, como nos velhos tempos!Este
é o motivo da minha felicidade hoje!
Lavei a moto, lubrifiquei a corrente e deixei-a pronta para
ser desmontada e ter seus carburadores limpos e equalizados, com as respectivas
bóias trocadas!
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