quarta-feira, 9 de agosto de 2017

Bandit


                                 Bandit, já em Rio Claro

Hoje estou feliz! Aliás quase sempre estou, mas hoje foi especial!            
A Bandit, companheira de inúmeras viagens pelo Brasil e pela América do Sul, encontrava-se parada há quase 4 anos, desde antes do acidente de dezembro de 2013, quando quebrei os ossos da perna. Empoeirada,  suja e abandonada, jazia no fundo da garagem. A gasolina passou para o cárter e a bateria não dava mais qualquer sinal de vida.
A recuperação levou algum tempo: primeiro providenciei uma nova bateria e a instalei. Troquei o óleo contaminado com gasolina, lavei a moto, retirei a gasolina velha do tanque, coloquei gasolina nova,  lubrifiquei a corrente, enchi os pneus e, para minha surpresa, ela ligou sem grande dificuldade, porém soltava muita fumaça pela descarga e só funcionava com 3 cilindros. Diariamente durante algumas semanas eu a ligava, e a fumaça foi diminuindo.
Achei que era hora de trazê-la para Rio Claro, a fim de que tivesse seus carburadores desmontados, limpos e equalizados. Viajaria com 3 cilindros funcionando, afinal, ela tem tanta potência que quase não sentiria a falta de 1 cilindro!
Saí de casa às 7:00 h, passei no posto e abasteci, aproveitando para calibrar os pneus. Peguei a linha Vermelha, passando por 3 blitzes da polícia e do exército, mas não fui parado em nenhuma delas. Após 25 km cheguei à Dutra, onde andei bem, apesar de contar com apenas 3 cilindros! Havia percorrido 40 km quando o 4º cilindro “acordou”, e ela mostrou toda sua potência e torque!
Parei para fazer uma sessão de fisioterapia e continuei a viagem, com 4 cilindros e um ronco grave e instigante, como pude me esquecer? Andei bem, fiz ultrapassagens e subi a serra das Araras fazendo curvas com uma inclinação que há tempos não ousava!
A moto estava deliciosa, redonda, ninguém diria que não funcionava nem andava desde 2013, há quase 4 anos! Depois da Dutra, veio a RJ-145, com suas curvas consecutivas! Fui seguindo, fiquei com pena de chegar a Rio Claro e a viagem acabar! Foi uma delícia domar a Bandit depois de tantos anos andando em big trails: vento no rosto, ciclística apurada, pneus esportivos e um motor que, além de muito potente, emite música para os ouvidos e é de uma suavidade impressionante!
Foram exatos 138 km de puro prazer! Uma viagem quase nostálgica, com uma moto carburada e refrigerada a ar, como nos velhos tempos!Este é o motivo da minha felicidade hoje!

Lavei a moto, lubrifiquei a corrente e deixei-a pronta para ser desmontada e ter seus carburadores limpos e equalizados, com as respectivas bóias trocadas! 

                                           Parada para um café, na estrada

                                             Selfie em Rio Claro

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