Saí de Ariquemes às 8:15 h; estava a 200 km de Porto Velho,
que foram vencidos sem dificuldades. Perde-se algum tempo para cruzar a cidade,
devido à velocidade reduzida e à grande quantidade de sinais, radares, pardais
e quebra-molas, coisas do nosso Brasil!
Em um abastecimento, conheci Carlos e Lene, casal que viaja
com duas BMW G 650 GS, cada um pilotando a sua moto. Achei aquilo muito bacana,
eles viajam pelo Brasil e pela América do Sul dessa forma. Conversamos bastante
e viajamos juntos por 1 hora, até pararmos no “Castelinho”, um restaurante às
margens da BR-364 que é um ponto de encontro de motoqueiros. Aproveitei e
almocei por lá, conhecendo vários motociclistas que, como Carlos e Lene, iam
para um encontro de motos em Guajará-Mirim. Despedimo-nos, eles me deram um
adesivo. Fiquei muito bem impressionado com eles e com a maneira como gostam de
motos e estradas. Ambos!
Com Carlos e Lene, no "Castelinho", na BR-364 - RO
Segui o meu caminho; próximo a Abunã, atravessei o rio Madeira (não existe ponte), perdendo cerca de 1 hora entre espera e
travessia, e continuei rodando, queria chegar ao menos a Rio Branco no dia de
hoje.
Travessia do rio Madeira, de balsa
A estrada piorou terrivelmente depois de Vista Alegre do
Abunã, os buracos tornaram-se maiores e mais frequentes, estava difícil manter
uma velocidade boa sem arriscar cair em uma daquelas crateras e rasgar um pneu
ou, em uma pior hipótese, levar um tombo.
Entrei no estado do Acre, mas a estrada apenas melhorou, com
alguns buracos fechados com barro, o que é uma solução paliativa efêmera. A BR-364 necessita de uma intervenção urgente!
Ingressando do Acre, a última divisa de estados
Já chegando a Rio Branco, a capital do estado, tomei a estrada para
Senador Guiomard, uma cidade pequena onde seria mais fácil circular e conseguir
hotel. Hospedei-me em uma espelunca de segunda categoria, sem café da manhã,
internet, ou qualquer outra amenidade. Nem espelho no banheiro tem! Era o que
havia! Para piorar também não havia água quente, tive que tomar banho frio em
um banheiro sem cortina e sem tapete também! E pelo mesmo preço do hotel de
ontem em Ariquemes, que era uma maravilha e oferecia tudo! Vida de aventureiro!
Praça de Alimentação de Senador Guiomard (AC)
Hotel Paraíso, um verdadeiro inferno!
Saí para jantar, mas todas as opções são iguais: rabada no
tucupi com camarão, sanduíches ou tacacá, na “Praça de Alimentação” central da
cidade. Comi um tacacá e um hamburger e me dei por satisfeito!
A moto tem cumprido sua missão com louvor! Até agora, só fiz
colocar gasolina (e cada gasolina suspeita!) e andar. Ela é perfeita para
grandes viagens, roda,roda,roda e nada quebra ou afrouxa! Conforto, potência e segurança ela oferece de sobra. O fato de não ter
corrente também faz toda a diferença, pois lubrificação, manutenção e
preocupação acabam!
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