segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

Rodovia dos Tropeiros... e muito mais!

Ontem, domingo de carnaval, resolvi refazer um passeio que já realizei ao menos uma 10 vezes, mas que sempre é interessante, principalmente porque queria terminá-lo de uma forma diferente das vezes anteriores. Trata-se de percorrer um trecho da rodovia dos Tropeiros (SP-68), que nada mais é do que a antiga estrada Rio-São Paulo, desativada como tal desde a inauguração da via Dutra, em 1950.
O trecho percorrido inicia-se no estado do Rio de Janeiro com a denominação RJ-139, passando a SP-68 quando adentra o estado de São Paulo. Esta estrada é composta de curvas consecutivas e não está em bom estado, mas há obras em toda a sua extensão, o que é um alento. Passei pelas cidades e distritos de Bananal, Arapeí, São José do Barreiro, Areias e Silveiras. Por ser um domingo de carnaval, todas estas localidades estavam com os seus centros históricos interditados e enfeitados para as festividades, o que prejudicou as visitas.


                                           Bananal - farmácia mais antiga do Brasil

                                             Areias

                                            Antigo cinema em Areias         

Tendo partido de Rio Claro com a XT 660R, após rodar 140 km em cerca de 3 horas, cheguei a Silveiras. 



                                           Silveiras
A partir desta cidade percorri um caminho em estradas vicinais que leva a Cunha. Essas pequenas estradas têm traçado extremamente sinuoso, subindo e descendo morros, mas sempre correndo em altitudes elevadas. Em alguns trechos chegava a fazer frio, apesar de estarmos no auge do verão. Andar cercado por serras e montanhas é uma coisa muito bacana, mas andar sobre as serras e montanhas, subindo,  descendo e acompanhando o relevo, é mais legal ainda. A estrada que liga Silveiras a Cunha possui trechos asfaltados, trechos calçados com bloquetes (pavimento intertravado) e um trecho em terra, sempre estreita, sinuosa e com aclives e declives. São pouco mais de 60 km muito agradáveis, com alguns rios e cachoeiras às margens da estrada.
  
                                Alto da serra, entre Silveiras e Cunha

                                           Trecho calçado com bloquetes

                                 Cachoeira na estrada entre Silveiras e Cunha




Em Cunha, ao invés de voltar pela via Dutra, como seria usual, peguei a estrada  Cunha-Parati (SP-171), descendo a serra, cujo trecho remanescente de terra foi recentemente pavimentado com bloquetes. Ainda há algumas obras a serem feitas, mas agora a descida da serra é “civilizada”, pois o trecho sem pavimento era terrível e muito perigoso, devido a valas, erosões e terra solta, agravado pelo  forte ângulo de inclinação e pelas curvas fechadas. Ficou uma beleza! Peguei neblina e um pouco de chuva na serra, chegando também a sentir frio.
                                  Cachoeira às margens da estrada Cunha-Parati  

                                           Voltando ao Rio de Janeiro - descida da serra para Parati

Ao chegar  a Parati, entrei na Rio-Santos, uma das mais belas estradas do Brasil, percorrendo 90 km até Angra dos Reis, onde ingressei na RJ-155, que, após subir a serra, me levaria de volta a Rio Claro. A chuva caiu forte quando iniciei a subida, e só parou após o 3º túnel, deixando-me totalmente encharcado. E assim, molhado, cheguei  de volta a Rio Claro, de onde saíra às 9:00 h, após rodar 9 horas e exatos 382 km (eram 18 h na chegada).

Foi um passeio maravilhoso, onde passei por diversos tipos de estradas. Destaque especial para o trecho Silveiras-Cunha, todo sobre montanhas, com vistas e paisagens sensacionais.

2 comentários:

  1. Olá Guilherme, boa noite !. Estou querendo fazer este percurso, porém um amigo vai de Haley. É possível nos trechos de estrada de terra ? Agradeço, forte abraço. Carlos

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  2. Olá, Carlos!
    É possível ir de Harley, o trecho em terra não é radical, apenas tem algumas pedras soltas. Com cuidado, sabendo os limites da moto, é tranquilo!
    Bom passeio!

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