quarta-feira, 14 de junho de 2017

Paranapiacaba


No último domingo, 11 de junho, estive na vila de Paranapiacaba, localizada no município de Santo André, estado de São Paulo.
O local tem importância histórica. Na segunda metade do século XIX, os ingleses vieram construir aquela que seria a ferrovia Santos-Jundiaí, cujo maior desafio era vencer o desnível de 800 m da Serra do Mar, um verdadeiro paredão,  o que foi feito através de um engenhoso sistema de cabos que subiam e desciam as composições através da serra. No alto da serra, em Paranapiacaba, que significa “lugar de onde se vê o mar”, foi construído um imenso pátio ferroviário e instalado o sistema de cabos que permitia a circulação dos trens através do enorme desnível.
Para fixar no local os trabalhadores ingleses que vieram trabalhar na construção e posteriormente na operação do sistema ferroviário, foi construída uma pequena cidade com jeito britânico e direito até a uma torre com relógio, réplica do Big Ben! O frio clima local, a arquitetura típica e a neblina sempre presente, emprestam um ar londrino à vila de Paranapiacaba, outrora propriedade da Ferrovia Paulista e hoje pertencente à prefeitura de Santo André, que adquiriu e administra a área.

Ao longo dos últimos 15 anos, as construções históricas dos anos 1800 vêm sendo lentamente recuperadas, mas ainda há muito a fazer, é uma árdua luta contra o tempo. Ainda assim, é um passeio interessante que pode ser feito em um dia, pois fica a apenas 70 km de São Paulo. Há restaurantes e bares no local, e muitos motociclistas costumam ir ao local e passar o dia por lá. Há também um museu ferroviário que merece ser visitado com calma, onde se pode ver parte do sistema de cabos e o acionamento do mesmo, feito através de vapor, bem como diversos objetos que fizeram parte dos primeiros tempos da EFSJ e de outras ferrovias brasileiras.


                                            Pausa para um café



                                           Residência do engenheiro-chefe 



Eu aprecio bastante o local, tanto que já é a terceira vez que o visito, e, com certeza, não será a última!

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