quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Lídice




Distrito de Rio Claro, Lídice deve seu nome devido a uma homenagem à homônima cidade da Tchecoslováquia, arrasada pelos nazistas na 2ª guerra mundial. Até os anos 40 chamava-se Vila Capivari.
De localização privilegiada, entre montanhas e no alto da Serra do Mar, Lídice já foi um agradável povoado, mas vem se favelizando e se descaracterizando acentuadamente nos últimos anos. Casarões dos séculos XVIII e XIX têm dado lugar a construções sem estilo e de gosto duvidoso, e sua periferia tem ares de favela, sem planejamento, urbanização e plano diretor. Uma pena, pois o local é agradável, tem clima frio no inverno e ameno no verão, e conta com diversas cachoeiras boas para banhos na época do calor, mas seus rios vêm sendo poluídos por esgotos despejados sem qualquer tratamento.
O trem que fazia a rota Barra Mansa – Angra dos Reis fazia uma parada na cidade antes de descer a serra em direção ao litoral. A descida conta com 16 túneis, é uma belíssima viagem, que tive a oportunidade de fazer diversas vezes durante minha infância e adolescência, nos anos 60; este era o meio de transporte para a praia, em Angra.
Uma curiosidade da cidade é que sua igreja está voltada de costas para o lado principal da praça, ou seja, o lado pelo qual se entra na praça. Todas as pessoas que visitam a cidade acham isso estranho. Recentes obras abriram um jardim em frente à porta da igreja, talvez um meio de disfarçar sua estranha posição.


Há mais uma curiosidade: a estação ferroviária, que já foi um ponto importante na cidade, fica muito afastada do seu centro,  alcançá-la a pé consome mais de uma hora de caminhada subindo e descendo morros. Quem visita a cidade dificilmente conhece a estação, devido à distância.


Lídice já valia uma visita, mas hoje eu não diria isto, não é um local propriamente bonito, a menos de sua  localização, belíssima, pena o seu crescimento desordenado. Como eu tenho dito, a cidade cresce como rabo de cavalo: para baixo! A estrada que a liga a Rio Claro é muito bonita também, com montanhas, rios e a ferrovia, hoje desativada, serpenteando entre morros e margeando rios.



Nestes pequenos passeios vou ganhando confiança e intimidade com a moto para poder partir para roteiros mais longos. Devagar chegarei lá!

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