Hoje, decorridos quase 11 meses a partir do acidente que me tirou de circulação por algum tempo, fiz o primeiro passeio com a Triumph Explorer: subi a estrada do Sumaré e fui até a antiga residência do cardeal do Rio de Janeiro, casa que já hospedou o papa João Paulo II em sua visita à cidade maravilhosa. Estava inseguro, são muitas curvas e uma subida íngreme, mas deu para sentir que é possível pilotar a TEX, que até o momento rodou apenas pouco mais de 700 km, tendo ficado praticamente parada nos últimos 11 meses.
Estou feliz por mais este obstáculo vencido, o que mostra que minha recuperação continua avançando.
Em comemoração, fiz um "selfie" no local com o celular.
terça-feira, 25 de novembro de 2014
quarta-feira, 19 de novembro de 2014
Lídice
Distrito de Rio Claro, Lídice deve seu nome devido a uma
homenagem à homônima cidade da Tchecoslováquia, arrasada pelos nazistas na 2ª
guerra mundial. Até os anos 40 chamava-se Vila Capivari.
De localização privilegiada, entre montanhas e no alto da
Serra do Mar, Lídice já foi um agradável povoado, mas vem se favelizando e se
descaracterizando acentuadamente nos últimos anos. Casarões dos séculos XVIII e
XIX têm dado lugar a construções sem estilo e de gosto duvidoso, e sua periferia
tem ares de favela, sem planejamento, urbanização e plano diretor. Uma pena,
pois o local é agradável, tem clima frio no inverno e ameno no verão, e conta
com diversas cachoeiras boas para banhos na época do calor, mas seus rios vêm
sendo poluídos por esgotos despejados sem qualquer tratamento.
O trem que fazia a rota Barra Mansa – Angra dos Reis fazia
uma parada na cidade antes de descer a serra em direção ao litoral. A descida
conta com 16 túneis, é uma belíssima viagem, que tive a oportunidade de fazer
diversas vezes durante minha infância e adolescência, nos anos 60; este era o
meio de transporte para a praia, em Angra.
Uma curiosidade da cidade é que sua igreja está voltada de
costas para o lado principal da praça, ou seja, o lado pelo qual se entra na
praça. Todas as pessoas que visitam a cidade acham isso estranho. Recentes obras
abriram um jardim em frente à porta da igreja, talvez um meio de disfarçar sua
estranha posição.
Há mais uma curiosidade: a estação ferroviária, que já foi
um ponto importante na cidade, fica muito afastada do seu centro, alcançá-la a pé consome mais de uma hora de
caminhada subindo e descendo morros. Quem visita a cidade dificilmente conhece
a estação, devido à distância.
Lídice já valia uma visita, mas hoje eu não diria
isto, não é um local propriamente bonito, a menos de sua localização, belíssima, pena o seu crescimento
desordenado. Como eu tenho dito, a cidade cresce como rabo de cavalo: para
baixo! A estrada que a liga a Rio Claro é muito bonita também, com montanhas,
rios e a ferrovia, hoje desativada, serpenteando entre morros e margeando rios.
Nestes pequenos passeios vou ganhando confiança e intimidade
com a moto para poder partir para roteiros mais longos. Devagar chegarei lá!
terça-feira, 11 de novembro de 2014
O vento no rosto
Uma estrada vazia e sinuosa, uma moto e o vento batendo com
vontade no rosto e no corpo... esta é para mim uma das situações em que me
sinto mais livre e mais feliz! Fiz um pequeno passeio de moto pela RJ-149,
ligação Rio Claro-Mangaratiba, e relembrei a alegria dos dias felizes que
passei em viagens em cima de uma motocicleta. Pouco a pouco vou ganhando
confiança para poder partir para projetos mais ousados sobre duas rodas, o que
sinto estar cada vez mais perto.
Decorridos mais de 10 meses do acidente do qual ainda não me
recuperei totalmente, já me sinto satisfeito em estar andando de moto novamente,
sentindo o ar fresco das manhãs bater no meu rosto e me devolvendo a vida que
me foi roubada por um irresponsável, que sequer
é capaz de imaginar tudo o que me causou. As motos altas e pesadas ainda
são um desafio para mim. Não sinto qualquer dificuldade em andar e manobrar
motos mais baixas, mas a altura do banco constitui-se na minha maior limitação
e dificuldade, no caso de qualquer imprevisto ou emergência não tenho uma perna
100% pronta para apoiar, torcer ou levar trancos, mas vou vencendo as barreiras,
uma de cada vez.
O vento no rosto em meu passeio matinal de hoje me deu
alento e mais força para não desistir das viagens de moto. Que bons ventos
sempre venham!
Vejam a enorme diferença de altura entre os bancos das motos!
domingo, 2 de novembro de 2014
Vassouras
Localizada a cerca de 90 km a partir de Rio Claro através de
estrada estadual (RJ-145) e um trecho da BR 393, encontra-se a cidade de Vassouras, que é alcançada a partir do Rio de Janeiro através da via Dutra e das cidades de
Paracambi e Mendes. Outrora residência de barões do café, a cidade teve seu apogeu no auge do ciclo do café e já viveu dias melhores, mas ainda conserva a imponência de
suntuosos prédios públicos, casarões históricos e uma enorme praça central, onde o
destaque é a igreja matriz, localizada em seu topo.
A antiga estação ferroviária foi convertida em um pequeno
museu do trem e está aberta à visitação; a principal rua onde se concentra a
maioria dos restaurantes e bares é conhecida como Broadway.
Partindo de Rio Claro, fiz um pequeno passeio em uma manhã
ensolarada e quente de domingo à cidade, que não visitava há algum tempo. A
viagem leva cerca de 1:40 h, e o resultado foi uma agradável manhã entre
prédios, museu, palmeiras, ruas de paralelepípedo e até uma pequena exposição
de 3 veículos antigos, onde encontrei um raro Volvo 444 ano 1951, veículo que
não via há uns 20 anos. Não poderia de deixar de visitar e bisbilhotar o museu
do trem, onde encontrei publicações, fotos e textos sobre a época em que a
cidade era servida por ferrovias. A desativação definitiva deu-se em 1970.
Vamos às fotos!
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