domingo, 22 de janeiro de 2012

Norte Fluminense

Estou preparando a Falcon para a próxima viagem, já troquei tudo o que era necessário. Agora, tenho feito com ela pequenas viagens a Rio Claro, para sentí-la na estrada e corrigir o que for preciso. Ela está ótima e pronta. 

No dia 19 de janeiro, véspera do feriado de São Sebastião, padroeiro do Rio de Janeiro, estava em Rio Claro, de Falcon. Toquei para o Rio ainda pela manhã. Chegando, peguei uma muda de roupas, coloquei no bauleto da Bandit, troquei de moto (Falcon por Bandit) e saí do Rio às 16:00 h com destino a Gruçaí, um distrito de São João da Barra (a cidade do famoso Conhaque de Alcatrão), no Norte Fluminense, de Bandit. Eu já houvera estado lá de moto anteriormente, em 2 ocasiões.
Peguei a ponte Rio-Niterói completamente congestionada, devido ao feriadão. As 4 faixas de rolamento estavam totalmente ocupadas por carros que andavam em velocidade inferior a 10 km/h. Estava difícil  passar de moto nos corredores, pois a faixas estreitas deixam pouco espaço, e os atuais SUV possuem espelhos altos e proeminentes, dificultando a passagem. Levei 50 minutos (de moto!) para cruzar os 14 km da Ponte. Quem estava de carro, seguramente levou mais de 2 horas.
Após a travessia, a estrada (BR 101) que leva ao Norte Fluminense também estava bem sobrecarregada. Foi difícil passar dos 90 km/h na Niterói-Manilha, apesar da pista dupla, tamanho o volume de veículos.
Fui seguindo viagem e a tarde avançando. Após Rio Bonito, a pista fica simples e as coisas complicam, pois com o grande volume de veículos nos 2 sentidos, é difícil fazer uma ultrapassagem segura. Diversas vezes fui obrigado a me jogar no acostamento, por conta de veículos na pista contrária (geralmente caminhões) entrarem na minha pista durante as ultrapassagens. Forcei um pouco mais o ritmo da viagem, pois queria chegar com tempo claro ao menos em Campos. Apesar das dificuldades e da estrada cheia, fui ultrapassando e ganhando os quilômetros, tentando manter ao menos a velocidade de 110 km/h, o que estava difícil. Quando era possível, acelerava mais para compensar os trechos lentos.
Tem escurecido mais tarde, pois estamos em horário de verão, mas ainda assim, quando cheguei em Campos às 20:00 h, já era noite e estava escuro. Estava rodando há 4 horas, em meio a um trânsito intenso e com muito caminhões, decidi parar em um Mac Donald's e fazer um lanche, descansando um pouco antes da próxima etapa da viagem. Lembrem-se que eu ainda viajei de Rio Claro ao Rio de Falcon pela manhã!
Um rapaz com uma Titan 150 se ofereceu para me guiar dentro da cidade de Campos e na estrada até Gruçaí. Segui-o dentro da cidade, passando a mais de 80 km/h nos diversos "pardais", mas não podia me afastar dele. Chegando à estrada que liga Campos a São João da Barra (e a Gruçaí), com noite alta, o rapaz andou a mais de 100 km/h na pequena Titan com a namorada na garupa. sem óculos ou viseira. Não sei como ele coneguia. Acompanhei-o durante mais de meia hora, até que ele me deixou na porta do SESC, um grande hotel/resort, onde me hospedei.
O SESC é a maior atração de Gruçaí,  uma verdadeira cidade, com diversos prédios e pavilhões, bares, restaurantes, piscinas, esportes e até uma ferrovia de 6.500 metros, percorrida por um trem de época, com diversas estações no percurso. Há atividades esportivas, teatro, atividades culturais, música ao vivo e tudo o que se possa imaginar, tudo por menos de R$90,00 a diária.

Apesar de tudo isso, na manhã do dia seguinte queria ir à praia, e fui a pé, tendo caminhado no total mais de 3 km. Passei a manhã na praia.


Na volta da praia, usei a piscina do hotel, almocei no próprio hotel e descansei um pouco à tarde.
Às 17:00 h saí de moto, indo até a lagoa de Gruçaí e de lá até Atafona pela orla, um passeio muito agradável. O mar continua ameaçando e destruindo Atafona, só que agora está depositando montes de areia nas casas  que destruiu. Atafona merece uma visita mais detalhada para que se possa ver, analisar e entender o que está acontecendo. O mar, juntamente com a foz do rio Paraíba do Sul, estão gradativamente destruindo o povoado, literalmente "comendo" as avenidas litorâneas e destruindo as casas e demais construções.

À noite, no hotel, ainda havia  música ao vivo, com músicas italianas, espanholas, boleros e até bossa nova. Não era grande coisa, mas serviu para dar sono!

No 3º dia, 21 de janeiro, um sábado, parti de Gruçaí com destino ao Rio às 9:00 h, pois tinha ensaio da banda à tarde. A estrada estava cheia, mas nada que se comparasse com a ida. Deu para andar bem, principalmente depois de Rio Bonito, quando a pista torna-se dupla. Fiz apenas uma lanche na estrada, em Casimiro de Abreu. Cheguei em casa às13:20 h.
Foram 5 horas de viagem na ida e 4:20 h de viagem na volta. Vale ressaltar que estava muito calor, tanto que na ida e na  volta não uttilizei casaco de cordura ou qualquer outra proteção, viajei apenas de camiseta. Com o sol e o calor, era impossível fazer diferente!
Uma boa viagem, dias agradáveis e um bom aquecimento para a grande viagem que vem pela frente.

4 comentários:

  1. Muito interessannte o passeio e as fotos.
    Parece cenário de filme pós-apocalíptico.
    Esptacular.

    Só faltou o conhaque de alcatrão, rsrsrsrsrs.

    Grande abraço e vamos viajando.

    Anderson

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  2. Oi, Anderson, que surpresa!
    Tenho muitas fotos do passeio/viagem, postei apenas algumas. O cenário é realmente apocalítico, mas é interessante e merece uma visita, antes que acabe. O mar já destruiu 2 avenidas litorâneas, está "comendo" a terceira e não parece que vai parar. Agora está jogando areia para soterrar! É a natureza reclamando seus direitos!

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  3. A Natureza é sábia e maravilhosa, sempre embelezando as tuas viagens e as nossas vidas.

    Não fique surpreso, já faz parte da minha rotina dar uma passadinha no teu blog para sair deste mundo burocrático, renovar minhas energias, e claro ver o amigo em seus belos relatos e passeios.

    Do jeito que estou enrolado acho que vai acabar antes da minha visita mas ficará imortalizada nas tuas fotos, :).

    Grande abraço

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  4. Anderson
    Os amigos são sempre bem vindos, e os comentários me ajudam a direcionar o foco dos comentários de modo a auxiliar aos que pretendem cair na estrada, principalmente se for de moto. É bom saber que você sempre "viaja comigo"!

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